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Zonal da Capital: austeridade e novos modelos de gestão são destaques

                 Eduardo Sarmento As mudanças na gestão da OAB/RJ impostas pelo provimento 185/2018 do Conselho Federal foram destaque da Reunião Zonal das subseções da capital, realizada na tarde desta segunda-feira, dia 15, na OAB/Barra da Tijuca. O diretor do Departamento de Apoio às Subseções (DAS), Fábio Nogueira, conduziu um debate com os presentes sobre novas formas de arrecadação. "Estamos passando por um momento conturbado, um cenário verdadeiramente difícil. Temos que atuar de forma diferente do que foi feito até agora, precisamos fazer mais com menos", constatou. Os presidentes das subseções do Méier, Jorge Gomes, e de Madureira/Jacarepaguá, Remi Martins, falaram sobre a busca por novas fontes de receitas e diminuição de gastos em suas regiões de atuação. No Méier, os dirigentes conseguiram reduzir as despesas com o aluguel de um novo imóvel por menos da metade do preço do atual. Já em Madureira, foi realizada uma reformulação administrativa, com corte de gastos, gerando uma economia mensal considerável, segundo Martins. Jorge Gomes, junto com a presidente da OAB/Bangu, Claudete Capella, lembrou que durante o último Colégio de Presidentes, realizado em fevereiro deste ano, foi acordado que as subseções uniformizariam procedimentos administrativos em conjunto.  Outra preocupação manifestada pelos presentes foi em relação à inadimplência. Os presidentes discutiram formas de, sem ignorar o momento de crise, atrair os colegas afastados de volta à Ordem. A reestruturação da Escola Superior de Advocacia (ESA) e a criação de instituições similares nas subseções foram tratadas como potenciais fontes de receita.  A necessidade de adaptação a um novo modelo de gestão, mais austero e eficiente, não terá impacto na atenção às demandas da classe, de acordo com Fábio. "Vamos atacar os problemas, mas sem descuidar de nosso principal compromisso, que é com os colegas. Temos, por exemplo, que colocar a totalidade da advocacia na era digital. Estamos aguardando a definição do TJ quanto ao sistema que será utilizado por eles para retomarmos nossos cursos, inclusive nas subseções", colocou.  Os problemas do Poder Judiciário de cada região também foram abordados na reunião. Em Madureira, a "morosidade crônica" do Judiciário foi criticada por Remi Martins. O mesmo problema foi ressaltado pela presidente da OAB/Pavuna, Fátima Lira, que também levantou questões de advogados inscritos na subseção com processos no Tribunal de Ética e Disciplina. Ainda sobre a Pavuna, Fábio anunciou a inauguração, até o fim do ano, de um novo escritório compartilhado. Na Ilha do Governador, há problemas com o atendimento a advogados na 3ª Vara Cível, segundo o presidente da subseção, Franklin Barretto, que elogiou a estrutura da nova sala dos advogados no fórum local.  O presidente da Subseção de Campo Grande, Rodrigo Lopes, afirmou que "é consenso a falta de serventuários", mas fez críticas ao funcionamento da Justiça da região. "O fórum é muito complicado, os juizados têm vários problemas. Há disputas, dentro das varas, entre o cartório e o gabinete do magistrado", alertou.  Representando a presidente da OAB/Leopoldina, Talita Menezes, o vice-presidente da subseção, Antônio Gomes, reclamou do atendimento na agência da Previdência Social localizada no Largo do Bicão. Segundo ele, a prioridade dos advogados não está sendo respeitada. Ele abordou, ainda, problemas com os mandados de pagamento e o Banco do Brasil.  Anfitrião do encontro, o mandatário da Subseção da Barra da Tijuca, Marcus Antônio Soares, falou sobre o crescimento do bairro e o aumento da demanda, nem sempre compreendido pelo Tribunal de Justiça. "Sofremos com a falta e espaço. A região cresceu e muitos advogados vieram. Temos sete varas cíveis, o que, hoje, é pouco. A 7ª Vara Cível e as 1ª e 2ª varas de Família estão sem juízes titulares atualmente, o que complica ainda mais", apontou. Soares afirmou que tem conversado com todos os juízes "para saber como a OAB pode ajudar". Fábio solicitou a formalização de das reclamações por meio de ofícios a fim de serem enviadas para a Corregedoria do TJ. "É importantíssimo ter esse detalhamento. É muito mais efetivo entregar um documento com cobranças específicas, com o ocorrido, a data e a serventia. Facilitará inclusive em uma eventual ida ao CNJ", explicou. Finalizando a reunião a vice-presidente da Caarj e diretora de Mulheres da Seccional, Marisa Gaudio, falou sobre o trabalho em defesa das prerrogativas das advogadas e pela efetivação da Lei Julia Matos. O coordenador do DAS Luiz Carlos Varanda também compareceu ao encontro zonal.
16/04/2019 (00:00)
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